quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Povoamento e Colonização dos Açores

O primeiro documento oficial que se conhece a respeito do povoamento dos Açores é a citada Carta Régia e 2 de Julho de 1439. Aí se diz que o infante D. Henrique já havia mandado lançar ovelhas "nas sete ilhas dos Açores" e que impetrara licença para providenciar sobre o povoamento das mesmas. Seguem-se vários documentos semelhantes em confirmação daquele, alguns deles concedendo regalias especiais aos primeiros povoadores. As primeiras ilhas povoadas foram as de Santa Maria e de S. Miguel, com famílias idas, por intermédio de Gonçalo Velho, da Estremadura, do Alto Alentejo e do Algarve. Quando Gonçalo Velho faleceu, a capitania daquelas duas ilhas passou para um seu sobrinho, João Soares de Albergaria, o qual, por falta de energia, se viu forçado a "vender" a capitania de S. Miguel a Rui Gonçalves da Câmara, em 1474. Dai a ida para S. Miguel de muitas famílias madeirenses e, com estas, a observância de um apreciável desenvolvimento social e econômico. O povoamento da ilha Terceira teria começado em 1460, sob a direção do flamengo Jácome de Bruges, que levara consigo muitas famílias portuguesas. Relativamente à ilha Graciosa, deveu-se o seu povoamento a Pedro Correia e Vasco Gil Sodré, anteriormente a 1510, contribuindo para essa tarefa muitos elementos das respectivas famílias. Quanto às ilhas do Faial e do Pico, foram elas doadas, pouco antes de 1466, ao flamengo Josse Van Huertere (Joz de Utra), casado com Beatriz de Macedo e sogro do famoso Martinho da Boêmia. Na sua companhia teriam vindo muitos flamengos, dentre os quais se destacou Wilheim Van der Haagem (Guilherme da Silveira), que, por desinteligências com aquele, se passou às Flores e desta para a Terceira e S. Jorge, promovendo, desse modo, os primeiros trabalhos de povoamento das ilhas das Flores e de S. Jorge.

Atravez de barcos foi feita a chegada aos açores