O primeiro documento oficial que se conhece a respeito do povoamento dos Açores é a citada Carta Régia e 2 de Julho de 1439. Aí se diz que o infante D. Henrique já havia mandado lançar ovelhas "nas sete ilhas dos Açores" e que impetrara licença para providenciar sobre o povoamento das mesmas. Seguem-se vários documentos semelhantes em confirmação daquele, alguns deles concedendo regalias especiais aos primeiros povoadores. As primeiras ilhas povoadas foram as de Santa Maria e de S. Miguel, com famílias idas, por intermédio de Gonçalo Velho, da Estremadura, do Alto Alentejo e do Algarve. Quando Gonçalo Velho faleceu, a capitania daquelas duas ilhas passou para um seu sobrinho, João Soares de Albergaria, o qual, por falta de energia, se viu forçado a "vender" a capitania de S. Miguel a Rui Gonçalves da Câmara, em 1474. Dai a ida para S. Miguel de muitas famílias madeirenses e, com estas, a observância de um apreciável desenvolvimento social e econômico. O povoamento da ilha Terceira teria começado em 1460, sob a direção do flamengo Jácome de Bruges, que levara consigo muitas famílias portuguesas. Relativamente à ilha Graciosa, deveu-se o seu povoamento a Pedro Correia e Vasco Gil Sodré, anteriormente a 1510, contribuindo para essa tarefa muitos elementos das respectivas famílias. Quanto às ilhas do Faial e do Pico, foram elas doadas, pouco antes de 1466, ao flamengo Josse Van Huertere (Joz de Utra), casado com Beatriz de Macedo e sogro do famoso Martinho da Boêmia. Na sua companhia teriam vindo muitos flamengos, dentre os quais se destacou Wilheim Van der Haagem (Guilherme da Silveira), que, por desinteligências com aquele, se passou às Flores e desta para a Terceira e S. Jorge, promovendo, desse modo, os primeiros trabalhos de povoamento das ilhas das Flores e de S. Jorge.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
História dos Açores
O povoamento fez-se, por razões climatéricas e de comunicações, a baixa altitude, (até cerca dos 250 metros aproximadamente), bordejando as ilhas e ocupando vales e enseadas, ao redor dos maciços montanhosos centrais, dispondo-se as casas como que numa renda branca ao longo das estradas, sobretudo litorais.A proveniência precisa dos povoadores, portugueses na sua quase totalidade, permanece algo incerta, já que elementos típicos do sul do País se cruzam com costumes mais característicos do centro e norte. Algarvios, Alentejanos, Beirões e Minhotos parecem ser as principais origens que, agrupando-se em certas ilhas contribuíram para a diversidade de costumes que hoje se detectam. A esse forte contingente populacional, devem acrescentar-se as contribuições, fracas mas existentes, sobretudo de flamengos (ainda no Séc. XV) e de alguns franceses da Bretanha, também nos inícios da ocupação humana. Dois níveis principais marcam a paisagem, fortemente agrícola e quase sempre dividida em quadrículas bordejadas de muros de pedra seca designadas de currais ou curraletas, cerrados ou pastos consoante a menor ou maior dimensão. Até cerca dos 300 metros de altitude, é predominante a policultura; a partir daí passa-se para pastagens que actualmente, devido ao desenvolvimento da pecuária, descem quase até à costa em muitos pontos e, onde a terra não dá ou não convém, surgem matas ou vinhedos se o "biscoito", a exposição ao sol e o microclima dessa zona são favoráveis. O Arquipélago dos Açores constitui desde 1976 uma Região Autónoma da República Portuguesa, criada a partir dos antigos Distritos Autónomos de Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e Horta.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
São Miguel é a maior das ilhas do arquipélago dos Açores. Com uma superfície de 746,82 km², mede 64,7 quilómetros de comprimento e de 8-15 km de largura e conta com uma população de131 609 habitantes (2001), mais 4,5% que uma década antes. É composta pelos concelhos de Lagoa, Nordeste, Ponta Delgada, Povoação, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo. Designada por Ilha Verde, aquando da sua descoberta por volta de 1426/1439, começou a ser povoada (por cerca de 1440) por portugueses e por judeus, mouros e franceses. A tão aludida Lagoa das Sete Cidades, com as suas duas lagoas - azul e verde - limitadas por uma caldeira, o ilhéu de Vila Franca, reserva natural, assim como o Vale das Furnas, com as suas fumarolas, de águas e lamas quentes e medicinais, são apenas alguns exemplos dos inúmeros pontos atractivos que São Miguel apresenta. O sector primário constitui a principal actividade económica da ilha, sobretudo a área agrícola. Lagoa, Nordeste, Ponta Delgada, Povoação, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo são os concelhos da ilha. O natural ou habitante da ilha de São Miguel denomina-se micaelense. São Miguel é também conhecida como ilha Verde, devido às suas pastagens infinitas. Os pontos de interesse turístico são variados. O Vale das Furnas, o verdadeiro ex-libris da ilha tem uma visão paradisíaca com o vapor das caldeiras, a água a ferver que se mistura e envolve com a beleza da lagoa. É um cenário difícil de descrever. Um dos pontos de interesse da ilha é a Lagoa do Fogo, que se situa na Serra de Água de Pau, bem como a Lagoa do Congro, localizada a poucos quilômetros da Vila Franca do Campo. A Lagoa das Sete Cidades é a outra das três grandes lagoas da ilha. Com uma cratera de grandes dimensões, está divida em duas partes, chamadas respectivamente de azul e verde.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Ilha da Terceira ocupa uma superficie de 381,96km2 e tem como principal porta de entrada o seu aeroporto internacional, localizado nas Lajes, a 3 Km da cidade da Praia da Vitória, que além das suas funções civis, devido às suas excelentes pistas e estratégica posição geográfica, desempenha também funções militares, nele se sediando o Comando da Zona Aérea dos Açores, a Base Aérea nº4 e uma importante Base Militar da Força Aérea norte-americana.
Apesar da beleza que caracteriza a paisagem terceirense, pode-se afirmar que é no campo histórico-cultural que reside grande parte do valor da ilha.
Renascentista e moderna, Angra é marcada por grandes feitos históricos, defensora dos ideais da liberdade, sempre e ainda hoje, é uma cidade monumento de cunho senhorial, cuja planta provém do Séc.XV - XVI e casario do Séc.XVII e XVIII. Grande parte do seu centro histórico está classificado de Interesse Público e incluído na lista do Património Mundial da UNESCO.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Ilha do Faial abrange uma área aproximada de 173 Km2. A sua marina geralmente repleta de iates multicolores que à Horta demandam numa escala quase obrigatória quando atravessam o Atlântico Norte, transmite à baía e à própria cidade um ambiente muito característico reflectido numa saudável convivência entre iatistas e residentes.Do ponto de vista arquitectónico, pela sua riqueza e importância, merecem destaque:- A Igreja de São Salvador, a Matriz da Horta, a de Nossa Senhora das Angústias, a de Nossa Senhora do Carmo e a Igreja de São Francisco, hoje integrada no Museu de Arte Sacra e o Museu da Horta.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Ilha do Pico com 448 km2 de superficie é a segunda maior do Arquipélago e aquela onde se situa a mais alta montanha de Portugal, precisamente o Pico, que lhe deu o nome, com 2.351 m
de altitude.
Terra de fortes tradições baleeiras, a sua área divide-se por 3 concelhos, Madalena, São Roque e Lajes e, tal como nas restantes ilhas dos Açores, o valor do seu património arquitectónico concentra-se, sobretudo, nas igrejas e ermidas existentes nas diferentes freguesias:- A Igreja de Santa Maria Madalena, na Vila da Madalena, a de São Roque e o Convento e Igreja de São Pedro de Alcântara, em São Roque do Pico, a de Nossa Senhora da Conceição e Ermida de São Pedro, nas Lajes e tantas outras espalhadas pela ilha, são marcos que sobressaem no seu património construído.
Dominando, não só todo este património, mas também toda a paisagem rural da ilha, a majestosa Montanha do Pico, classificada desde 1972 como Reserva Natural, é elemento marcante e sempre presente no seu panorama paisagístico.
A ilha das Flores constitui a linha de partida para um roteiro extraordinariamente enlevador, através de uma paisagem natural única, onde tudo é belo, onde tudo é lindo.
É uma ilha de incomparável beleza, pelo recorte geográfico, e terreno acidentado que a caracteriza.Nos 142 Km2 de superfície da ilha repartidos por 2 concelhos, o de Santa Cruz e o das Lajes, tudo parece uma tela cuidadosamente pintada pela mão de um habilidoso e talentoso artista, tal a harmonia de cores e formas que a paisagem florentina apresenta.Caracterizada por uma costa muito recortada e extremamente escarpada, chegando mesmo a atingir os 600 metros de altura no extremo noroeste da ilha, as Flores parece que concentram dentro de si toda a beleza natural que se encontra dispersa pelas outras ilhas do Arquipélago.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Ilha de Santa Maria, a terceira mais pequena dos Açores - 92 km2.A primeira sensação é de paz e tranquilidade proporcionado pelo ambiente acolhedor, característico das ilhas açoreanas.No campo paisagístico, Santa Maria apresenta uma paisagem marcada pelo contraste da planura da sua metade ocidental, onde se localizam o Aeroporto e as freguesias de Vila do Porto, São Pedro e Almagreira, e a outra metade oriental, muito mais acidentada, onde se encontram as freguesias de Santa Bárbara e Santo Espírito, e o ponto mais alto da ilha, o Pico Alto.O clima pouco difere das outras ilhas, mas por ser a ilha mais a sul é a mais seca e solarenga, o que lhe confere uma maior amenidade em quaisquer das estações do ano.
A ilha de São Jorge está situada no núcleo do grupo central das ilhas açorianas. Numa área total de 205 km2 e de forma muito alongada, a ilha estende-se por 56 km de comprimento e 8 km de largura.
Com pouco mais de 10 000 habitantes, o desenvolvimento e povoamento desta ilha permanecem envoltos em mistério. A primeira referência a São Jorge parece datar de 1439.
A costa de São Jorge, escarpada e quase vertical, é interrompida por pequenas superfícies planas, resultantes do abatimento das falésias: as fajãs.
Com pouco mais de 10 000 habitantes, o desenvolvimento e povoamento desta ilha permanecem envoltos em mistério. A primeira referência a São Jorge parece datar de 1439.
A costa de São Jorge, escarpada e quase vertical, é interrompida por pequenas superfícies planas, resultantes do abatimento das falésias: as fajãs.
A ilha do Corvo é a menor das ilhas do Arquipélago dos Açores, localizando-se no Grupo Ocidental, a norte da Ilha das Flores. A ela corresponde territorialmente o município do Corvo, o único dos concelhos da República Portuguesa que não tem qualquer freguesia, já que, nos termos do artigo 86.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, este nível de divisão territorial não existe na ilha. As funções dos órgãos de freguesia são assumidos pelos correspondentes órgãos municipais. A ilha ocupa uma superfície total de 17,13 km², com 6,5 km de comprimento por 4 km de largura. Situa-se a 39º 40’ de latitude Norte e 31° 05’ de longitude Oeste. Dista da ilha das Flores, 6 milhas náuticas. É formada por uma única montanha vulcânica extinta - o Monte Gordo, coroado com uma ampla cratera de abatimento chamada localmente de Caldeirão, com 3,7 km de perímetro e 300 metros de profundidade. Nela se podem observar várias lagoas, turfeiras e pequenas "ilhotas", duas compridas e cinco redondas. O ponto mais alto da ilha é o Morro dos Homens no rebordo sul do Caldeirão, com 718 metros de altura acima do nível médio do mar.
A Graciosa é uma ilha situada no extremo noroeste do Grupo Central do arquipélago dos Açores, 37 km a nordeste da ilha de São Jorge e 60 km a noroeste da Terceira, com o seu centro aproximadamente nas coordenadas geográficas 28° 05’ W e 39° 05’ N. A ilha tem uma área aproximada de 62 km² e uma forma grosseiramente oval, com 12,5 km de comprimento e 8,5 km de largura máxima. É a menos montanhosa das ilhas açorianas, atingindo 402 m de altitude máxima no bordo leste da Caldeira. Esta baixa elevação confere à ilha um clima temperado oceânico, caracterizado pela menor pluviosidade do arquipélago.
Tem 4 780 habitantes (2001), na maioria concentrados na sede do único concelho da ilha, a vila de Santa Cruz da Graciosa, cujo centro histórico constitui, pela riqueza e equilíbrio da sua arquitectura, uma zona classificada. A paisagem da Graciosa é de grande beleza, conjugando o verde das pastagens com o branco das casas isoladas e das povoações. O ex-libris da Graciosa é uma formação rochosa de grandes dimensões, existente frente ao farol da Ponta da Barca, com uma configuração muito parecida com uma baleia vista de perfil. Possui campos férteis e aplainados que produzem hortícolas, fruta e vinho e onde se cria gado bovino, hoje a principal fonte de riqueza da ilha.
Tem 4 780 habitantes (2001), na maioria concentrados na sede do único concelho da ilha, a vila de Santa Cruz da Graciosa, cujo centro histórico constitui, pela riqueza e equilíbrio da sua arquitectura, uma zona classificada. A paisagem da Graciosa é de grande beleza, conjugando o verde das pastagens com o branco das casas isoladas e das povoações. O ex-libris da Graciosa é uma formação rochosa de grandes dimensões, existente frente ao farol da Ponta da Barca, com uma configuração muito parecida com uma baleia vista de perfil. Possui campos férteis e aplainados que produzem hortícolas, fruta e vinho e onde se cria gado bovino, hoje a principal fonte de riqueza da ilha.
sábado, 13 de outubro de 2007
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